2009-12-23

Queda do Muro: toda a crise é também uma oportunidade

O início do século XXI é marcado pela inauguração de um próspero período de mudanças Completaram-se 20 anos da queda do muro de Berlim. Diante disso o que é possível ver na mídia internacional é uma suposta onda de comemorações que tomou conta da Alemanha e de todo o mundo. Segundo os grandes veículos de comunicação internacional é uma celebração da paz e da liberdade. Uma importante vitória contra a “ditadura comunista”.

Em 09 de novembro de 1989, caía o muro de Berlim. Esta seria uma marca da derrota do projeto socialista implementado no século XX. Isso possibilitou uma ofensiva do capitalismo internacional transformando a geopolítica, que se pautava pela bipolaridade, em unipolar sob hegemonia dos EUA. Ainda mais, essa ofensiva se deu também no campo das idéias onde se desconstruiu toda e qualquer alternativa coletiva para superar os problemas da Humanidade. Assim a saída para os problemas do mundo se daria pela ação individual de cada um, com erro de português proposital, e não mais pelas organizações coletivas. Ao mesmo tempo inaugurou-se, no campo das idéias, uma ofensiva contra a participação política. Dessa forma o progresso da sociedade não se daria mais pela luta pelo poder, mas, sim, pelas lutas específicas/pontuais, uma vez que não haveria mais alternativa ao capitalismo e a luta de classes não existiria mais. Entretanto, o pensamento pós-moderno serviu, na prática, para escamotear a afirmação do capitalismo novamente como projeto hegemônico no mundo.

Ao mesmo tempo essa ofensiva fortaleceu o avanço do projeto neoliberal. Assim, os anos 90 foram marcados pela destruição dos Estados nacionais e das máquinas estatais. Foi nesse período que ganhou força aquela visão contrária a tudo o que é público, do Estado como um elefante velho, portanto lento e pesado. Assim, em completa contradição com o mundo moderno, dinâmico que se tentava vender. Nesse sentido era preciso se livrar desse entulho e a onda de privatizações varreu boa parte dos países, em especial os ditos subdesenvolvidos. Ainda, esse processo expôs os países pobres, especialmente da América Latina e da África, a condição de extrema dependência e submissão diante das grandes potências. Isso acabou por destruir a economia, a identidade cultural e o orgulho nacional desses povos e nações. No Brasil a idéia vendida pela elite era que tudo aquilo que era nacional automaticamente era ruim. Portanto, construiu-se a idéia de um Brasil que podia ter sido e não foi, a eterna nação do futuro que nunca chegava.

Entretanto essas idéias estão ruindo. O início do século XXI é marcado pela inauguração de um próspero período de mudanças. Dessa forma os governos progressistas eleitos em toda América Latina provocaram uma onda mudancista em todo o continente. Aliado a isso veio a grande crise do sistema Capitalista mundial, em especial de seu modelo neoliberal. Esses dois processos colocaram em xeque a capacidade do Capitalismo em atender as demandas da Humanidade. Assim reacendeu o debate em torno da participação do Estado na economia e trouxe a cena do debate novamente a perspectiva socialista. Ainda, a história parece perseguir a todos. Os fatos históricos como a comemoração dos 50 anos da Revolução Cubana, dos 60 da Chinesa, dos 80 anos da crise de 29 entre outras datas históricas fortalecem essas idéias de um mundo mais justo, mais humano e colocam o socialismo como referencia para isso. Portanto não é de graça a intensa comemoração promovida pela grande mídia nacional e internacional dos 20 anos da queda do Muro de Berlim. Esta é, senão uma tentativa de desconstruir o imaginário socialista. Assim, tentam apresentar como estão felizes ou como progrediram as pessoas e países que não vivem mais com o Socialismo. O que eles escondem é a verdadeira opinião pública que contrapõe as idéias vendidas por essa mídia, conforme dados da recente pesquisa divulgada pela BBC e publicados nos portal Vermelho:

“Só 11% dos entrevistados em 27 países considera que a economia capitalista funciona corretamente e 51% acha necessária mais regulação e reformas para a corrigir. (...) Uma maioria dos inquiridos em 17 dos 27 países defende uma maior regulação do mundo financeiro, sendo os brasileiros os mais favoráveis (87%), à frente dos chilenos (84%), franceses (76%), espanhóis (73%) e chineses (71%). (...) Dos entrevistados brasileiros (835 pessoas nas cidades de Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo). A sondagem revelou que 64% defendem mais controle do governo sobre as principais indústrias do país e 87% defenderam que o governo tenha um maior papel regulando os negócios locais, enquanto 89% defenderam que o Estado seja mais ativo promovendo a distribuição de riquezas.”

Por fim, a queda do Muro de Berlim é o símbolo de um período marcado pela crise do modelo socialista. Entretanto deve ser visto, também, como o período que possibilitou um profundo processo de reflexão acerca dos erros e acertos da experiência socialista. Foi esse período que provocou o questionamento de modelos e dogmas para analisar de maneira crítica os ensinamentos deixados por esses que foram os primeiros passos do Socialismo. É como dizem os chineses toda crise de ser vista também como uma oportunidade.

Por:
Mateus Fiorentini "Xuxa", presidente Estadual da UJS-RS

Fonte: www.ujs.org.br

2009-11-03

Porque Socialismo - Albert Einstein

“É aconselhável para quem não é especialista em assuntos econômicos e sociais expressar seus pontos de vista sobre o social­ismo? Creio que sim, por uma série de razões. Consideremos primeiro a questão do ponto de vista do con­hecimento científico. Pode parecer que não há diferenças me­todológicas essências entre Astronomia e Economia: os cientistas de ambos os campos tentaram descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenômenos para tornar a intercon­exão desses fenômenos mais facilmente compreensível. Mas na re­alidade estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da Economia é dificultada pela circunstância de que os fenômenos econômicos observados são freqüentemente afetados por múltiplos fatores, muito difíceis de serem avaliados separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o iní­cio, o chamado período civilizado da história humana, tem sido - como é bem conhecido - grandemente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente de natureza econômica. Por exemplo, a maioria das mais importantes nações da história devem a sua influência à conquista. Os povos conquis­tadores se estabeleceram, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Arrebataram para si mesmos o monopólio da propriedade da terra e constituíam a classe sacerdotal com membros de suas próprias camadas. Os sacerdotes, exercendo o controle da educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criam um sistema de valores pelo qual o povo passou a ser, dali em diante, guiado, em grande parte inconscientemente, no seu comportamento social.
Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa de ontem; em parte alguma conseguimos realmente sobrepujar o que Thorstein Veblen denominou de “fase predatória” do desenvolvimento hu­mano. Os fatos econômicos observáveis pertencem a essa fase e até mesmo as leis que podemos inferir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o propósito real do socialismo é precisamente sobrepujar e ultrapassar a fase predatória do desenvolvimento hu­mano, a ciência da Economia em seu estado atual pouca luz pode lançar sobre a sociedade socialista do futuro.
Em segundo lugar, o socialismo dirige-se a um fim sócio-éti­co. A Ciência, porém, não pode criar fins, e menos ainda instila-los nos seres humanos. A ciência, na melhor das hipóteses, pode su­prir os meios pelos quais certos fins podem ser alcançados. Mas os fins em si mesmos não são determinados por personalidades com elevados ideais éticos e - se esses fins não são nati-mortos, mas vitais e vigorosos - são adotados e levados adiante pelos inúmeros seres humanos que, meio inconscientemente, determinam a lenta evolução da sociedade.
Por estas razões devemos nos pôr em guarda para não su­perestimar a Ciência e os métodos científicos, quando se trata de uma questão de problemas humanos; e não devemos presumir que os técnicos são os únicos que têm o direito de se expressar sobre questões que afetam a organização da sociedade.

Indivíduo e sociedade

Inúmeras são as vozes que se têm levantado, há algum tempo já, advertindo que a sociedade humana está passando por uma cri­se, e que sua estabilidade foi perigosamente abalada. É caracterís­tico de uma situação assim que os indivíduos se sintam indifer­entes, ou mesmo hostis, em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar meu pensamento, quero recordar aqui uma experiência pessoal.
Discutia recentemente com um homem inteligente e de boa vontade, a ameaça de uma nova guerra, a qual na minha opinião, poria em grave perigo a existência da humanidade. Observava eu que somente uma organização supranacional poderia oferecer pro­teção contra semelhante perigo. Nesse ponto meu visitante, muito calma e friamente, me respondeu: “Por que você se opõe tão inten­samente ao desaparecimento da raça humana?”
Estou certo de que apenas um século atrás ninguém teria tão obviamente feito uma insinuação como essa. É a declaração de um homem que lutara em vão para atingir um equilíbrio dentro de si mes­mo e que havia praticamente perdido a esperança de consegui-lo. É a expressão de uma solidão e de um isolamento dolorosos que tantas pessoas sofrem hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma solução?
É fácil fazer estas perguntas, mas difícil respondê-las com um mínimo de certeza. Devo tentá-lo, no entanto, da melhor ma­neira possível, embora esteja muito consciente do fato de serem os nossos sentimentos e esforços frequentemente contraditórios e obscuros e de que não podem ser expressos por meio de fórmulas fáceis ou simples.
O homem é simultaneamente um ser solitário e um ser so­cial. Como ser solitário, tenta proteger sua própria existência e a daqueles que lhe são chegados, para satisfazer seus desejos pes­soais e para desenvolver suas habilidades inatas. Como ser social, busca conquistar o reconhecimento e o afeto dos outros seres hu­manos, compartilhar dos seus prazeres, confortá-los nas suas tris­tezas, e melhorar suas condições de vida. Somente a existência desses esforços diferentes e muitas vezes conflitantes respondem pelo caráter especial do homem, e a combinações específica desses esforços determina até que ponto cada indivíduo consegue atingir equilíbrio interior e contribuir para o bem-estar da sociedade. É bem possível que a força relativa desses dois estímulos seja, em sua maior parte, determinada pela herança. Mas a personalidade que finalmente emerge é amplamente formada pelo ambiente em que o homem se encontra durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que ele cresce, pela tradição dessa sociedade pelo apreço dessa sociedade por determinados tipos de comportamento. O conceito abstrato “sociedade” significa para o indivíduo a soma total de suas relações diretas e indiretas com seus contemporâneos e com todas as pessoas das gerações anteriores. O indivíduo é capaz de pensar, sentir, esforçar-se, e trabalhar por si mesmo. Mas de­pende tanto da sociedade em relação à sua existência física, intelec­tual e emocional, que é impossível pensar nele ou entendê-lo fora do contexto da sociedade. É a “sociedade” que fornece ao homem a comida, a roupa, o lar, as ferramentas de trabalho, a linguagem, as formas de pensar e a maior parte do conteúdo do pensamento. Sua vida se torna possível através do trabalho e das realizações de muitos milhões de pessoas, passadas e presentes, que estão todas ocultas atrás da pequena palavra “sociedade”.
É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em re­lação à sociedade é um fato da Natureza que não pode ser eliminado - tal como no caso das formigas e abelhas. Contudo, ao passo que todo o processo de vida das formigas e das abelhas é determinado, até o mais ínfimo detalhe, por instintos hereditários rígidos, o pa­drão social e o inter-relacionamento dos seres humanos são muito variáveis e suscetíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom de comunicação oral tornaram possível desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados pelas necessidades biológicas. Tais desenvolvimentos se manifestam em tradições, instituições e organizações; na literatura; nas realizações científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isso explica como ac­ontece que, em certo sentido, o homem possa influenciar a sua vida por meio de sua própria conduta, e que nesse processo o pensamento e o querer conscientes possam desempenhar sua parte.

Comunidade planetária

O homem adquire ao nascer, pela hereditariedade, uma con­stituição biológica que devemos considerar fixa e inalterável, in­cluindo estímulos naturais que são característicos da espécie hu­mana. Além disso, durante a vida, o homem adquire a constituição cultural que adota da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É essa constituição cultural que, com o passar do tempo, está sujeita a mudanças e que determina em grande parte o relacionamento entre o indivíduo e a sociedade. A Antropologia moderna nos ensina, através da investigação com­parativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode diferir enormemente, dependendo dos padrões culturais que prevalecem e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que os que se esforçam para melhorar a sorte do homem podem fundamentar suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a se aniquilarem uns aos outros, nem a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infringido.
Se nos perguntarem como a estrutura da sociedade e a ati­tude cultural dos homens deveriam mudar para tornar a vida hu­mana tão satisfatória quanto possível, deveremos estar permanen­temente conscientes do fato de haver certas condições que somos incapazes de modificar. Como já foi mencionado antes, a natureza biológica do homem não está, para todos os fins práticos, sujeita a mudança. Além do mais, os desenvolvimentos tecnológicos e de­mográficos dos últimos séculos criaram condições irreversíveis. Em populações estabelecidas e de relativa densidade demográfica, com os bens que são indispensáveis à continuação de sua existên­cia, são absolutamente necessários uma rígida divisão de trabalho e um esquema produtivo altamente centralizado. O tempo – que, ao olharmos para o passado, nos parece tão idílico – em que indivídu­os ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes já passou. Não é exagero dizer que a humanidade se constitui, neste momento, numa comunidade planetária de produção e consumo.
Cheguei ao ponto, agora em que posso indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise de nossa época. Diz res­peito ao relacionamento do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência da sociedade. Mas ele não experimenta essa dependência como uma qualidade positiva, como uma ligação orgânica, como uma força protetora, e sim como ameaça a seus direitos naturais, ou até à sua existência econômica. Além do mais, sua posição na sociedade é tal que os impulsos egoísticos de sua constituição estão constante­mente sendo acentuados, ao passo que seus impulsos sociais, que são mais fracos por natureza, deterioram-se progressivamente. To­dos os seres humanos, qualquer que seja sua posição na sociedade, estão sofrendo desse processo de deterioração. Prisioneiros, sem o saber, de seu próprio egocentrismo, sentem-se inseguros, solitários e desprovidos do ingênuo, simples e despojado prazer de viver. O homem pode encontrar significado na vida, curta e perigosa como é, somente através do devotamento à sociedade.

Anarquia capitalista

A anarquia econômica da sociedade capitalista, como existe hoje em dia, é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Ve­mos diante de nós uma enorme comunidade de produtores, cujos membros estão incessantemente esforçando-se por arrebatar, uns dos outros, os frutos do seu trabalho coletivo – não pela força, mas em geral pela fácil obediência a regras legalmente estabelecidas. A esse respeito é importante perceber que os meios de produção – isto é, toda a capacidade produtiva necessária para produzir bens de con­sumo assim como outros bens de capital – podem ser legalmente, e na maior parte dos casos são, propriedade privada de indivíduos.
Para simplificar, na discussão que segue, chamarei de “trabal­hadores” a todos aqueles que não compartilham da posse dos meios de produção – embora isso não corresponda ao uso habitual do termo. O proprietário dos meios de produção está em condições de comprar a capacidade de trabalho do trabalhador. Usando os meios de produção, o trabalhador produz novos bens, que se tornam propriedade do capi­talista. O ponto essencial desse processo é a relação entre o que o tra­balhador produz e o que ele recebe como pagamento, medidos ambos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que ele produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas quanto à força de trabalho em relação ao número de trabalhadores que competem pelos empregos. É impor­tante entender que mesmo em teoria o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor que ele produz.
O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte devido à competição entre os capitalistas e em parte devido ao desenvolvimento tecnológico e à crescente divisão de trabalho, que encoraja a formação de maiores unidades de produção em det­rimento das menores. O resultado desses desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado, mesmo numa sociedade política organizada democraticamente. Isto é assim, já que os membros dos corpos leg­islativos são escolhidos por partidos políticos, extensamente finan­ciados ou influenciados por outros meios pelos capitalistas privados que, para todos os fins práticos, separam o eleitorado da legislação. A conseqüência é que os representantes do povo (deputados) de fato não protegem suficientemente os interesses dos setores menos privilegiados da população. Além do mais, nas condições vigentes, direta ou indiretamente, controlam as principais fontes de infor­mação (a imprensa, o rádio, a educação). Assim, é extremamente difícil, e na realidade praticamente impossível, na maioria dos ca­sos, que o indivíduo, como cidadão, chegue a conclusões objetivas e faça uso inteligente de seus direitos políticos.
A situação que prevalece numa economia baseada na proprie­dade privada do capital é, portanto, caracterizada por dois princí­pios fundamentais: primeiro, os meios de produção (capital) são propriedade privada e os proprietários dispõem deles a seu bel-prazer; segundo, o contrato de trabalho é livre. Naturalmente não existe o que se possa chamar de sociedade capitalista pura, no sen­tido absoluto. Em particular, deve-se notar que os trabalhadores, através de longas e amargas lutas políticas, conseguiram assegurar uma forma melhorada de “contrato livre de trabalho” para certas categorias de trabalhadores. Mas, considerada como um todo, a economia dos dias atuais não difere muito do capitalismo “puro”.
A produção é levada adiante visando o lucro, não a utilidade. Não se prevêm as condições para que todos os que são capazes e desejosos de trabalhar encontrem sempre emprego. Existe quase sempre um “exército de desempregados”. O trabalhador vive no constante temor de perder o seu emprego. Já que os trabalhadores desempregados e os mal pagos não fornecem um mercado lucra­tivo, a produção dos bens de consumo é restringida e grandes di­ficuldades da vida são a conseqüência. O progresso tecnológico fre­quentemente resulta em maior desemprego, em lugar de facilitar a carga de trabalho para todos. O motivo de lucro, aliado à com­petição entre os capitalistas, é responsável por uma instabilidade no acúmulo e na utilização de capital que leva a depressões cada vez mais graves. A competição ilimitada leva a grande desperdício de trabalho e àquela deturpação da consciência social dos indivídu­os que já mencionei antes.
Essa deturpação dos indivíduos é o que considero o pior malefício do capitalismo. Todo o nosso sistema de educação sofre deste mal.
Uma exacerbada atitude competitiva é inculcada nos estu­dantes, que são treinados para adorar o sucesso aquisitivo como preparação para a sua futura carreira.

Por que socialismo?

Estou convencido de que só há um modo de eliminar ess­es males tão graves, a saber, através do estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educacional orientado para objetivos sociais. Numa tal economia, os meios de produção seriam propriedade da própria sociedade e utilizados de forma planificada. Uma economia planificada, que adapta a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser realizado entre todos os que fossem capazes de trabalhar e ga­rantiria o sustento de cada homem, mulher ou criança. A educação do indivíduo, além de promover suas próprias habilidades inatas, tentaria desenvolver nele um senso de responsabilidade por seus semelhantes em lugar da glorificação do poder e do sucesso, como em nossa sociedade atual.
Contudo, é necessário lembrar que uma economia planificada não é socialismo, ainda. Uma economia planificada, por si só, pode ser acompanhada pela completa escravização do indivíduo. Chegar ao socialismo exige a solução de alguns problemas sócio-políticos extremamente difíceis: como é possível, em vista da imensa cen­tralização do poder econômico e político, evitar que a burocracia se torne toda-poderosa e prepotente? Como podem os direitos do indivíduo ser protegidos e com isso assegurar-se um contrapeso democrático para equilibrar o poder da burocracia? ”


Este texto, originalmente intitulado “Why Socialism?”, foi escrito por Einstein para o primeiro número (1949) da revista marxista estadunidense Monthly Review. O texto, em sua versão na língua inglesa, pode ser consultado pelo site:
http://www.monthlyreview.org/598einst.htm.

Primeira Edição: Monthly Review, nº 1, maio 1949.

Primeira edição em português: O ensaio foi publicado em livro, editado pela Brasiliense em 1983 e organizado e prefaciado pelo físico brasileiro Mário Schemberg , sob o título “Albert Einstein. Pensamento político e últimas conclusões. Texto retirado do site: http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?storyid=3850

2009-08-21

A Rede Globo e Marina Silva: orientações para cobrir a campanha
Direto de minhas fontes na imprensa:

Orientações específicas da direção do jornal O Globo para a cobertura da campanha de Marina Silva: mantê-la presa ao tema ambiental, destacar todas as declarações que a contraponham a Lula e a Dilma, apresentá-la como uma candidata idealista, dar destaque a declarações de militantes e aprofundar a ruptura com o PT.

Por Altino Machado, em seu blog

— Acaba de ser criada a "Editoria Marina Silva" — afirma uma fonte.

Já aconteceram duas reuniões informais — na quarta-feira e ontem — das quais os editores saíram dando dicas, o que evidencia tratar-se de um plano que vem de cima.

Querem inflar a candidatura dela, mas marcando-a como alguém fora da realidade. Mais ou menos o mesmo que fizeram com Fernando Gabeira na eleição do Rio. Também fizeram com Carlos Minc, chamando atenção para os coletes dele e esquecendo a questão ambiental.

No caso de Marina Silva, provavelmente vão dar destaque à questão ambiental para evitar levar o debate para o tema do modelo econômico.

No tema ambiental, tem saído várias reportagens nos jornais paulistas elogiando José Serra nessa questão, o que certamente equivale a uma vacina anti-Marina Silva.

A Justiça bloqueou as obras do Rodoanel em São Paulo por conta de irregularidade nos pagamentos, mas existem ações por questões ambientais obstruindo o projeto e os jornais omitem.

A ex-seringueira e ex-ministra do Meio Ambiente hoje já é manchete do Globo: "Marina diz que Lula é insensível a causas sociais".

A Rede Globo sabe o que está fazendo. É muito fácil marcar Marina Silva como uma mulher idealista e fora da realidade. Basta pinçar umas frases, como costumam fazer as editorias de política, ou entrevistar alguns dos assessores dela, ou mesmo o Fernando Gabeira.

Destaco agora uma nota do jornalista Luciano Martins Costa, do Observatório da Imprensa:

Marina entra no jogo

A senadora Marina Silva ganhou subitamente, como possível candidata à Presidência da República, uma exposição que a imprensa nunca lhe proporcionou nos cinco anos em que ocupou o Ministério do Meio Ambiente.

Ela é o tema da manchete do Globo nesta sexta-feira.

Mas não por conta de um plano de governo ou de uma entrevista na qual eventualmente explica por que considera importante disputar a sucessão do presidente Lula da Silva.

Marina é capa do Globo porque declarou — ou teria declarado — que o atual governo é insensível a causas sociais.

Como em todos os casos de jornalismo declaratório, seria arriscado analisar uma frase destacada sem conhecer o contexto em que foi proferida, mas pode-se arquivar o texto na pasta da campanha eleitoral de 2010.

Como se sabe, declarações de campanha eleitoral têm valor muito relativo: elas valem apenas no contexto da campanha.

Observe-se, por exemplo, as coleções de frases que os jornais resgatam anos depois que foram ditas, em contextos políticos muito diferentes, para tentar convencer o leitor de que tal ou qual declarante não tem coerência.

Embalada na oportunidade de ocupar espaço na imprensa por conta de sua saída do Partido dos Trabalhadores, Marina Silva trata de aproveitar a oportunidade.

Mas deve saber que suas frases serão pinçadas daqui a um tempo e expostas aleatoriamente, ao sabor das intenções dos editores.

Essa é uma das grandes armadilhas nas relações de personalidades com a imprensa, e muito especialmente no caso dos protagonistas da cena política.

Uma frase dita hoje para justificar um rompimento pode ser usada daqui a alguns meses para criticar uma aliança.

Se Marina Silva quer conduzir uma campanha diferente do que temos visto por aqui, precisa começar a selecionar muito bem o que vai dizer na frente de jornalistas ou de interlocutores com acesso à imprensa.

O jogo em que ela está entrando admite caneladas e os árbitros são ao mesmo tempo chefes de torcida organizada

2009-05-17

Para Onde Corre o Jovem?


Por José Carlos Barbosa


Muito se discute atualmente sobre o papel do jovem trabalhador na sociedade. Ele é aquele que, por vezes, não consegue se formar ou, ainda, é o que trabalha o dia inteiro para pagar a faculdade que cursa à noite.

E o que não era fácil ficou ainda pior. Com o agravamento da crise econômica, a realidade da juventude trabalhadora se agravou. Atualmente, o jovem que ingressa no mercado de trabalho, além de encontrar um longo e árduo caminho pela frente, quando conquista o primeiro emprego tem que conviver com condições precárias de trabalho, os constantes ataques da empresa aos seus direitos e a ameaça de demissão, já que é a primeira opção do patronato na hora de reduzir custos.

De acordo com a Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego para a faixa etária de 16 a 24 anos subiu para 21,1% em março, a maior desde agosto de 2007. Em fevereiro, a taxa para esse grupo era de 18,9%. Os dados confirmam o que já era notado no cotidiano, que a população jovem é o segmento que mais sofre com o desemprego.

Caindo aos pedaços

A realidade do jovem trabalhador metroviário não é diferente de outros tantos que existem por aí. Ele sofre com condições precárias de trabalho, além de se decepcionar quando consegue a tão esperada vaga de emprego.

Já ouvi muitas vezes de colegas metroviários sobre a falta de investimento na manutenção, equipamentos de alta precisão antigos e a carência de ferramentas adequadas para trabalhos essenciais. São coisas pequenas e corriqueiras do ponto de vista de quem escuta, mas não o são para o jovem metroviário, que entra cheio de expectativas e força de vontade.

Funções como Agente de Bilheteria (AE), cada vez mais desvalorizadas pela empresa, hoje se encontram em ameaça de extinção, devido aos constantes ataques do governo estadual e da empresa que teimam em repassar o patrimônio público para as mãos da iniciativa privada. Um bom exemplo é a tentativa de concessão do sistema de arrecadação para uma empresa. A implantação da terceirização do sistema deve gerar a extinção da função de AE, que não ficará mais a cargo dos metroviários. Essa política privatista gera um cabo de força. De um lado, o sindicato e a categoria, do outro, a empresa, o governo estadual e a iniciativa privada.

Outra causa de decepção é a falta de perspectiva de crescimento profissional. Essa dificuldade de ascensão faz com que muitos jovens promissores que entram no Metrô acabem desistindo em poucos anos, partindo para outros segmentos, ao invés de tentar mudar essa realidade através da ação sindical. A maioria desses jovens não participou das lutas que garantiram as principais conquistas do acordo coletivo da categoria, como bilhete de serviço, periculosidade, jornada de trabalho, entre outras. Isso faz com que eles não tenham noção da real importância da unidade e fortalecimento da luta sindical. Dessa forma, cabe aos dirigentes orientarem e fomentarem a participação da juventude para renovar e fortalecer a luta dos trabalhadores.

Mudança nas mãos


De olho neste cenário, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realizará seu primeiro 1º Encontro de Jovens Trabalhadores nos dias 23 e 24 de maio, em Atibaia – SP.
O desafio, além de debater essa realidade, é buscar iniciativas que visem ao fomento da participação da juventude no movimento sindical, facilitando e motivando sua inserção nos sindicatos.

No evento, promovido pela Secretaria de Jovens da CTB, serão debatidas e definidas diretrizes que orientarão as lutas da juventude trabalhadora de todas as categorias, na cidade e no campo.

José Carlos Barbosa Nobre" o Capotão": é secretário de Assuntos da Discriminação Racial do Sindicato dos Metroviários de São Paulo

Publicado oficialmente no portal da CTB!

2009-05-04

Vestibular e o elitismo psicocultural

Por Marcio Cabral

Os reais objetivos de um sistema de avaliação foram desfigurados pela lógica concorrencial As últimas décadas cristalizaram no Brasil o caráter hegemônico da visão privatista na educação, tendo como resultado um sistema educacional diferenciado/dual, o que gerou a constituição de um número cada vez mais restrito de centros de excelência para elites intelectuais, além de uma forte marca da formação para o atendimento das demandas/exigências do mercado.

Para este modelo, o objetivo final será sempre a seleção dos melhores indivíduos, baseada em critérios "naturais" de aptidão e de inteligência, o que configura o chamado elitismo psicocultural - que no Brasil tem um conceito comumente conhecido como seletividade meritocrática. A visão da meritocracia (do latim mereo, merecer, obter) consolida no nosso sistema educacional uma concepção com base no merecimento, com uma forte predominância de valores associados à educação corporativa e às competências.

Mas quais são os mecanismos da aferição destas competências? A palavra meritocracia provavelmente apareceu pela primeira vez no livro "Rise of the Meritocracy", de Michael Young (1958), que carregava nela um conteúdo negativo, pois a história tratava de uma sociedade futura na qual a posição social de uma pessoa era determinada pelo QI e esforço. Young utilizou a palavra mérito num sentido pejorativo, diferente do comum ou daquele usado pelos defensores da meritocracia, que, para estes, mérito significa aproximadamente habilidade, inteligência e esforço.

Uma crítica comumente feita à meritocracia é a ausência de uma medida específica desses valores e a arbitrariedade de sua escolha. Ou seja, o mérito sempre será aferido a partir da visão de quem o avalia. No Brasil, o modelo meritocrático tem sido utilizado como mecanismo de acesso a maiores níveis sociais, para ascendência social. Concursos públicos, obtenção de promoções de níveis e planos de carreiras, contratos de prestação de serviços e, inclusive, o mecanismo de seleção para o acesso ao ensino superior.

Por décadas o vestibular brasileiro esteve permeado pelo conceito da meritocracia e inclusive esta discussão teve grande força em meados da década de 70 do último século por conta do chamado conceito de excedente. "Eu fiquei de excedente no vestibular, então não dá pra saber se vou ser chamada e, enquanto isso, vou fazendo cursinho! Final do ano tem mais vestibulares...". Essa era uma declaração comum entre os vestibulandos que não obtinham classificação dentro da oferta de vagas. Ou seja, para toda a carreira universitária havia um grau de vagas em oferta e outro de vagas excedentes.

O que chamava a atenção era que a definição de excedente no vestibular queria dizer na verdade que o concorrente obteve mérito para acessar à universidade, mas esta não tinha vagas suficientes para efetivá-lo. Isso, em determinado momento, gerou contestações e reivindicações que obrigavam juridicamente diversas instituições a garantirem a vaga para estudantes que não a haviam obtido, mas meritocratimente estavam aprovados.

Lógico que o sistema tratou de resolver este problema retirando o conceito de excedente para a constituição das linhas de corte e das suplências, o que resultou na ampliação do conceito de reprovação e, assim, retirando a essência do conceito meritocrático. Ou seja, o mérito passou a ser associado à classificação e não à média ou conceito, o que resultou num mecanismo muito mais concorrencial, onde obtém mais méritos quem conquista maiores notas e estas deixam de ter um valor universal para serem um sistema de medição das maiores para as menores classificações.

O que justifica um estudante com média 7,8 ser melhor do que um com média 7,4? O que faz com que estes quatro décimos de diferença possam justificar uma diferença de méritos entre o maior e o menor? Lógico que aqui é usada uma ciência exata para a constituição de um valor subjetivo, que é a avaliação de méritos.

É certo que o mecanismo concorrencial acabou por desconfigurar os reais objetivos de um sistema de avaliação, que passou a ser de fato um sistema de ranquiamento com um forte viés de exclusão. A substituição da avaliação pela exclusão acabou por distorcer as provas de aptidão e de inclusão e o resultado disto tudo foi a mercantilização de vagas no ensino superior.

Esta discussão torna-se fundamental no momento em que o Brasil discute um novo modelo de acesso às universidades públicas federais. Pelo novo sistema apresentado pelo Ministério da Educação, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) tornar-se-ia o novo mecanismo de acesso a universidade em substituição ao tradicional vestibular. O problema central aqui é que novamente um sistema de avaliação, que num primeiro momento deveria servir para garantir a qualidade do ensino médio, será totalmente desfigurado para ter o objetivo do acesso aos grandes centros de excelência do ensino superior.

Portanto, neste debate precisamos de maior atenção, fundamentalmente porque tanto o modelo meritocrático do atual vestibular quanto os objetivos do ENEM precisam ser melhor identificados para que a distorção já provocada pela meritocracia não aprofunde mais ainda a barreira para aqueles que buscam obter o acesso ao ensino superior furando o bloqueio instituído por um mecanismo perverso e subjetivo que é o vestibular.

As avaliações em curso no Brasil - SAEB, ENEM, ENADE - ainda não conseguem considerar as implicações sociais e educacionais do rendimento escolar, pois baseados em aplicação de testes para medição de rendimento escolar, além da classificação e ranqueamento de escolas e universidades, o modelo ainda situa-se nos marcos da meritocracia. Não analisar as condições das escolas, a formação dos professores e todos os mecanismos que compõem a realidade da educação brasileira acaba por deformar o resultado final. Punir com a exclusão da universidade pública aqueles estudantes que, por ausência do próprio Estado, acabam por ter uma formação menos qualificada acaba por resultar numa dupla exclusão, o que torna ainda mais maléfico o modelo de avaliação proposto pelo MEC.

Sendo assim, no atual momento, não nos cabe somente denunciar, mas também propor um modelo mais avançado, que dê a avaliação do ensino médio um caráter de intervenção eficiente para superar os problemas da qualidade e sucesso escolar e também que o mecanismo meritocrático seja substituido por uma avaliação assistida e promotora da igualdade de oportunidade.

Um primeiro passo será a reorganização da avaliação do Ensino Médio. O ENEM deve perder o sentido de ranqueamento, tanto das instituições avaliadas quanto do aluno. Outra questão importante deve ser a inclusão de novos parâmetros na formação dos conceitos de avaliação no exame do ensino médio. A escola já aplica um sistema de avaliação próprio que é preciso ser considerado, porque este não ranqueia os estudantes, mas sim os promove para uma nova etapa da aprendizagem. Portanto, seria fundamental que o ENEM também levasse em conta a avaliação seriada e também incluisse um sistema de auto-avaliação, tanto do aluno, quanto da instituição e dos professores.

Então teríamos a uma média harmônica constituída pela avaliação seriada do aluno, mais a aplicação do ENEM ao final de cada ano letivo, mais a auto-avaliação. Somente depois da reconstituição da avaliação do ensino médio poderíamos pensar os mecanismos de aproveitamento deste para que substitua o vestibular. Não basta dizer que acabamos com o atual sistema de acesso ao ensino superior quando o substituímos por um outro mecanismo semelhante. O fim do vestibular deve estar associado a novos parâmetros de garantia da qualidade do ensino médio e esta é uma responsabilidade do Estado, que deve contar com a colaboração do sistema federal de ensino superior - que precisa estar comprometido com a formação e requalificação de professores, currículos e estruturas escolares. Enquanto isto não ocorrer, não adianta de nada comemorarmos, porque não estamos vendo com a atual proposta do MEC o tão sonhado fim do vestibular.

Marcio Cabral é Estudante da UNIFESP, Ex-Diretor da UNE e Atual Diretor de Movimento Estudantil Universitário da UJS

2009-04-29

Nosso Debate...Uma Coluna Semanal!


Nosso Debate! Um coluna semanal!
Por Carlos Eduardo

Bom, faz um tempo que tínhamos o projeto de iniciar neste blog uma coluna semanal! Acho que não há momento mais oportuno do que este...

Primeiro pela atual situação de visitas de nosso blog que ao longo do mês de Março de 2009 alcançou os 1500 visitantes, e pela proximidade de inúmeros espaços de debates importantes que devemos encarar! Pensando nisso, estamos criando a Coluna NOSSO DEBATE!

A Coluna vai trazer diversos textos e pontos de vistas para as páginas do blog Nossa Cara, vão dedilhar por aqui vários amigos, militantes e dirigentes da União da Juventude Socialista, que vão apresentar debates de grande importância para nossa organização. A idéia inicial é que este espaço seja um elemento na formação, luta de idéias e aprendizado de nossa militância pelo estado!

Entendendo que a luta se faz coletivamente estamos abrindo espaço para aqueles que querem fazer o debate franco e aberto nos temas do cotidiano da Juventude, e onde não encontram espaço para fazê-los...

Como Vai Funcionar!

A cada Domingo estaremos com um texto diferente! Abriremos para colunistas, convidados ou demais interessados que queiram publicar seus em nosso espaço! Cada Colunista é responsável pelo que escreve neste espaço!

Vale sempre lembrar: que o respeito aos direitos humanos e ao debate sincero e fraterno é sempre indispensável!

Os direitos de respostas serão avaliados pelos redatores deste blog! E verificado a veracidade do pedido serão publicados aqui neste mesmo espaço...

A luta de idéia será sempre respeitada e sempre que solicitado a resposta sobre algo aqui publicado entre idéias diferentes, faremos o Máximo para publicar!

Gente! Acreditamos que será uma grande experiência estar aqui com vocês todos os Domingos! Ao todo serão 4 textos por mês... Vamos fazer da Coluna um espaço coletivo das idéias...

Carlos Eduardo: é membro da executiva estadual da UJS de São Paulo, Presidente Municipal da UJS SAMPA da Cidade de São Paulo, estudante de Filosofia da Universidade São Judas Tadeu.